O artista plástico Sabino Costa inaugurou nesta terça-feira (16) a exposição de 13 telas, com a participação do presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Rolf Hackbart.

Foto: Ubirajara Machado

A participação do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) na 4ª Semana Nacional de Museus revela que a autarquia alia seus objetivos institucionais à valorização cultural e histórica. Prova disso é a exposição “A Cor da Terra II”, do artista plástico Sabino Costa, que permanece até o dia 25 de maio na sede do Incra, em Brasília.

O presidente da autarquia, Rolf Hackbart, que esteve presente na inauguração da mostra, ressaltou que o Incra não lida só com conflitos e comparou a instituição aos museus. “A imagem que se tem é que museu é para guardar coisa velha, mas, por definição, ele é uma instituição a serviço da sociedade e de seu desenvolvimento. É também o que o Incra faz, dentro de sua missão”, declarou.

Além do compromisso com a valorização da cultura, a exposição tem outro aspecto especial. O paraense Sabino Costa é servidor do Incra há 32 anos e se diz satisfeito com a oportunidade de expor suas 13 telas, algumas inéditas. “Às vezes é muito difícil mostrar nosso trabalho quando se é funcionário e, aqui, tive esse espaço. Estou muito feliz”, emociona-se.

Ele explica que o tema de sua exposição é exatamente o produto com o qual o Incra trabalha: a terra. O servidor diz que sua inspiração vem da Amazônia e de suas observações sobre a parte ecológica da atuação do Instituto. “A Amazônia é minha musa inspiradora, meu berço, meu torrão natal”, orgulha-se.

Valorização da expressão artística

Para Hackbart, a iniciativa é importante não só por disponibilizar arte à sociedade, mas também por valorizar o trabalho dos servidores do Incra. “Vai de encontro aos nossos objetivos, de fortalecer o Incra para que ele cumpra a sua missão de promover a reforma agrária”.

Além dessa, outra exposição, permanente, marca a participação do Incra na semana comemorativa: “Acesso à terra e qualidade de vida, novo olhar sobre a reforma agrária”. Nela, os visitantes terão contato com preciosidades históricas ligadas a mapeamento de terras e à regularização fundiária no Brasil. Exemplos disso são o livro de registro de terras do ano de 1837, documentos e mapas antigos, fotografias e alguns equipamentos de medição, como teodolito e mira topográfica.

As exposições têm visitação gratuita e estão instaladas no Espaço Cultural, na sede do Incra, Edifício Palácio do Desenvolvimento, Setor Bancário Norte, em Brasília (DF). Elas podem ser conferidas de segundas a sextas-feiras, das 9h às 18h.

Portal do Ministério do Desenvolvimento Agrário
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Sabino Costa é artista plástico e participa com cinco telas na exposição As Lendas da Amazônia
Foto: Shady Danicol

O servidor do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e artista plástico Sabino Costa é o representante de Brasília no XII Circuito Internacional de Arte Brasileira. A mostra itinerante iniciou seu percurso em maio na Áustria, passando pela China e pela Tailândia. No dia 21 de julho, o Circuito será encerrado em São Paulo, no Museu de Arte Assis Chateaubriand. A atividade tem como objetivo levar o trabalho de artistas brasileiros a outros países, como forma de divulgar a produção artística do Brasil, sua riqueza e diversidade.

Sabino está participando do Circuito com cinco telas, no formato 50 x 50 centímetros, que integram a exposição intitulada As Lendas da Amazônia. As obras utilizam a técnica acrílico sobre tela. Sua temática inclui o meio ambiente, destacando em cores fortes curvas de rios, árvores e animais das florestas brasileiras. “Minha arte é um veículo de comunicação e educação que utilizo na conscientização da preservação do meio ambiente e das riquezas naturais. Nas minhas obras sempre busquei mostrar o belo, a beleza das formas e as cores da natureza brasileira”, afirma o artista plástico.

O servidor, embora venha expondo sua arte há três décadas, participa pela primeira vez desse Circuito. Além de Sabino, há outros 12 artistas brasileiros representando nesta edição 12 estados do País. “Esse evento é uma oportunidade de mostrar arte. É uma forma de se comunicar com o mundo, de expor para outros povos e culturas a visão artística das pessoas do Brasil. Espero, com o Circuito, poder somar novos conhecimentos, ampliar a visão de quem tiver contato com as obras de arte expostas”, diz Sabino.

Projeção das obras

O Circuito, que tem o apoio institucional do Ministério das Relações Exteriores e do Setor Cultural da Embaixada Brasileira dos países participantes, é visto por Sabino como uma forma de ampliar a projeção de sua arte. Paraense da cidade de Cametá (PA), desde criança ele se interessa por arte.

Iniciou produzindo animais em argila. Depois, já em Belém (PA), teve contato com a pintura, utilizando madeira como fundo. Em 1974, foi aprovado em concurso no Incra, como desenhista. Trabalhou em diversos estados brasileiros, inclusive em Roraima, onde em 1978 fez sua primeira exposição, que teve o nome de Áreas Ecológicas.

“O desmatamento do meio ambiente, a desordem e o desleixo com a natureza me levaram a ter esse apego à arte, na qual fujo dessa desordem e pinto o belo, as cores fortes. Hoje as pessoas pensam mais em meio ambiente, mas quando eu comecei não era fácil defender a natureza”, conta ele.

Atualmente, Sabino trabalha na sede do Incra, em Brasília, onde é coordenador-substituto do Espaço Cultural. O servidor já recebeu 13 prêmios em artes plásticas, com destaque para o da Câmara de Dirigentes Lojistas do Distrito Federal (de 1991) e o concedido pela antiga República da Iugoslávia, pela participação na exposição Artistas pelas Crianças Refugiadas (de 1993).

Fonte: portal do Ministério do Desenvolvimento Agrário - 20/06/2007